Infarto: como acontece um ataque cardíaco? O infarto acontece quando o fluxo de sangue é, por algum motivo, bloqueado em uma artéria do coração. Assim, naquela área o músculo cardíaco para de receber oxigênio e começa a ter isquemia e morrer. Exatamente por essa morte celular que o tratamento de um ataque cardíaco funciona melhor quando é realizado logo após a ocorrência dos sintomas.

Quanto mais cedo, melhor. Não dá para ficar esperando, porque as células vão morrendo. Mesmo que você não tenha certeza de que o que está sentindo é sinal de infarto, ligue imediatamente para o SAMU, ou para uma ambulância do seu plano de saúde, ou mesmo vá imediatamente ao pronto socorro.

DAC

Os infartos acontecem especialmente em decorrência da doença isquêmica do coração, também chamada doença coronária ou DAC. Nela, a chamada placa de gordura se acumula dentro das artérias coronárias, que fornecem o sangue ao músculo cardíaco. Então, esse acúmulo de placa ocorre ao longo de muitos anos. E, devido a algum fator precipitante, como estresse intenso, um esforço muito grande ou um pico de pressão, essa placa pode romper. Rompendo, as plaquetas e fatores de coagulação, formam um coágulo em cima da placa, que pode ir crescendo e obstruir totalmente, entupindo, então, o vaso.

É como se fosse um encanamento que está obstruído. Mas, do outro lado está o músculo cardíaco que precisa de oxigênio. Imagine-se respirando por um cano que de repente para de receber oxigênio. Então, é isso que o coração subitamente sente. Se o bloqueio não for tratado rapidamente, esse músculo vai morrer. E dependendo da área do músculo, a pessoa que está enfartando também vai morrer.

Sabemos que a doença arterial coronariana é responsável por pelo menos 80% dos casos de morte súbita em todo o mundo, muitas vezes sendo a primeira manifestação do infarto agudo do miocárdio. Em média, 50% das mortes por infarto agudo do miocárdio ocorrem na primeira hora de evolução, a chamada hora de ouro. Nas primeiras 24 horas que ocorrem 3/4 das mortes por infarto. E se a pessoa sobreviver ao infarto e tiver demorado muito para ir ao hospital, para ser tratada adequadamente, ela poderá apresentar sequelas. O tecido cardíaco morreu, necrosou, vai ser substituído por uma cicatriz, fibrose. É isso que pode dar arritmias cardíacas para o resto da vida ou mesmo insuficiência cardíaca. Por outro lado, sendo tratado corretamente, seu coração terá pouca sequela ou quase nada.

Qual o tratamento?

Pode ser via fibrinolítico, que é um remédio na veia que vai desobstruir aquele trombo, ou, mais frequentemente, através de cateterismo, abrindo a artéria do coração e colocando um stent, que é como um túnel, uma molinha, para não deixar que a artéria feche novamente.

Outra causa menos comum de infarto é um espasmo de uma artéria coronária. O espasmo interrompe o fluxo de sangue pela artéria, normalmente tendo uma placa por trás, mas sem aquele coágulo. Por exemplo: uso de certas drogas, como cocaína, estresse, frio, tabagismo.

Quais os sintomas de infarto?

A maioria das pessoas sabe que tem algo errado, mesmo que seja algo vago. A pessoa vai ter uma dor ou desconforto no peito, que dura mais de alguns minutos e vai e volta. Pressão, aperto no peito, empachamento ou queimação, podendo confundi-los com azia ou indigestão. Sentir dor ou formigamento em um ou ambos os braços, podendo irradiar para costas, ombros, pescoço, mandíbula. Pode sentir dificuldade para respirar ou falta de ar.

O que eu devo fazer?

A coisa mais importante é ir ao hospital imediatamente. Não esperar para essa dor passar, lembre-se da hora de ouro.

Alerta para aqueles que têm risco elevado ou já teve um ataque cardíaco. Tenha um plano de ação de emergência caso você ou alguém da sua família sofra um ataque cardíaco. Anote a lista de remédios e medicamentos que ela está tomando, quais é alérgico, quem é seu médico, qual hospital é o mais próximo da sua casa, esse hospital tem cardiologista, tem hemodinâmica de plantão, consegue fazer um cateterismo. Não espere que esteja tendo um infarto para descobrir essas informações. Pese e aja com antecedência.

Fonte: Cardio

Infarto: como acontece um ataque cardíaco?

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