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A relação entre espiritualidade e saúde mental

Você sabia que a religiosidade e espiritualidade tem tudo a ver com saúde mental?

A espiritualidade pode impactar de forma muito positiva a qualidade de vida das pessoas. Por esse motivo, existe uma relação entre a espiritualidade e a saúde mental dos indivíduos, e é sobre isso que vamos conversar. A Organização Mundial da Saúde considera a religiosidade e espiritualidade como uma das dimensões que faz parte da qualidade de vida do indivíduo.

“A espiritualidade poderia ser definida como uma propensão humana a buscar significado para a vida por
meio de conceitos que transcendem o tangível: um sentido de conexão com algo maior que si próprio, que
pode ou não incluir uma participação religiosa formal”. (GUIMARÃES, Hélio Penna)

Religiosidade é diferente de espiritualidade. A religiosidade seria algo mais institucionalizado, que diria respeito a um conjunto de normas éticas e de conduta, exercido por um grupo que é adepto a uma determinada religião. Já a espiritualidade seria algo menos institucionalizado, mais internalizado no modo com que a pessoa leva sua vida espiritual.

Por quê a espiritualidade é tão importante em saúde mental?

Porque poucas coisas dizem tanto sobre a visão de mudo que a pessoa tem, quanto a espiritualidade/religiosidade dessa pessoa. Quando um psiquiatra vai atender a um paciente, ele pergunta sobre diversas informações pessoais, e a espiritualidade é uma delas. Essas informações são simples, mas trazem muito conteúdo sobre a cosmovisão que a pessoa tem. A religião/espiritualidade é um fator cultural muito forte na pessoa. Ela traz muitas informações a respeito do modo que ela vê o mundo.

A expressão de algumas doenças também é modificada por essa visão de mundo, pela espiritualidade. Por exemplo, você sabia que a expressão da culpa, na geração atual, entre adultos mais jovens e adolescentes, é pouco expressa? Já na geração anterior, hoje em adultos com mais idade ou idosos, a expressão da culpa é muito mais frequente? E essa expressão é considerada um dos critérios diagnósticos para depressão. Então, esse é um exemplo de como um fator cultural pode modificar a expressão de determinado transtorno.

Espiritualidade na prática clínica

A visão de mundo de uma pessoa também pode influenciar no tratamento. Pois, um sintoma psiquiátrico às vezes pode ser encarado como uma manifestação espiritual, podendo retardar a procura ao tratamento. Por exemplo, um paciente esquizofrênico que está ouvindo vozes pode atribuir isso a uma manifestação espiritual, retardando, assim, a busca ao tratamento. Então, é uma outra forma de como a visão de mundo de um paciente pode influenciar a saúde mental e a busca ao tratamento.

A religiosidade também pode influenciar no prognóstico. Um exemplo disso é que o risco de suicídio é muito menor em pessoas que exercem uma vida espiritual. Nesse caso, o prognóstico está sendo influenciado pela visão de mundo do sujeito.

No diagnóstico também de algumas doenças, tem que ser levado em conta as práticas culturais e religiosas da pessoa. O transe, por exemplo, pode ser, num contexto religioso, uma manifestação espiritual. Mas, fora do contexto religioso ele pode ser uma expressão psicopatológica, pode ser um sintoma de uma doença.

A espiritualidade também é muito importante no contexto da oncologia. Pois, pacientes oncológicos, muitas vezes, se encontram sem esperança diante do seu diagnóstico. Mas, alguns pacientes encontram na espiritualidade uma fonte de esperança, por poderem confiar em uma força maior. Essa força maior faz com que o paciente comece a creditar na sua recuperação. Mas, em alguns casos, esses pacientes ficam mais tranquilos por acreditarem que existe vida após a morte, em um âmbito espiritual. Isso auxilia no tratamento, pois, desequilíbrios psicológicos, como a ansiedade causada pela preocupação exagerada, podem interferir no tratamento.

Senso de pertencimento

Sendo assim, a espiritualidade é muito relevante, tanto para a conduta clínica, quanto para a recuperação de pacientes. Além disso, o sendo de que você pertence a algo maior e de que você não está sozinho, ajuda a tolerar momentos de estresse de uma forma menos sofrida. Porque te ajuda a ter uma sensação de paz, de aceitar a si mesmo e aos outros, a perdoar, e ajuda a ter um senso de significado. Então, a questão de paz, aceitação, perdão, missão e propósito de vida, tanto na religião e na espiritualidade, são muito benéficas. Pois, isso ajuda a tolerar momento de estresse, ansiedade, depressão, ajuda a diminuir o uso de álcool, de drogas e ajuda a proteger em relação às tentativas de suicídio.

É importante entender que as suas ações impactam algo maior, pois, quando a gente começa a procurar esse impacto de nossas ações na vida dos outros e no mundo, isso começa a modificar nossa mente. Temos, assim, um senso de pertencimento, e isso nos ajuda a aguentar momentos difíceis e, claro, nos sentimos melhor.

Fonte: Saúde mental e religiosidade/espiritualidade

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