Afta na Boca: O que causa afta na boca e como combater a afta
Afta na Boca: O que causa afta na boca e como combater a afta; Para tirar suas dúvidas traremos uma matéria completa com o Dr. Fernando Lemos.
Dr. Fernando Lemos é Especialista das Doenças do Intestino, Reto e Ânus (Coloproctologista), Clínico, Cirurgião e Vídeo-colonoscopista. Formado na Universidade Federal de Santa Maria-RS (UFSM), com especializações no Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre-RS (HNSC) e Hospital São Lucas da PUCRS.
A afta é uma ferida, tecnicamente chamada de úlcera, que aparece na mucosa interna da boca, em geral nos lábios, nas gengivas, no céu da boca, na língua e, mais raramente, na garganta. Costuma surgir de forma isolada ou múltipla e tem formato arredondado, com coloração branco-amarelada no centro e contorno avermelhado.
Muito comum, a lesão regride espontaneamente em cerca de 7 a 14 dias, se for pequena, sem resultar em complicações. Contudo, essa condição também se apresenta como sintoma de outras doenças, razão pela qual sua recorrência ou mesmo sua persistência merecem avaliação médica e/ou odontológica.
CAUSAS E SINTOMAS
As lesões provocam dor, mais acentuada na hora da alimentação, sobretudo se a comida estiver quente e condimentada. Esse sintoma pode ser mais ou menos intenso, conforme o tamanho e o número das úlceras.
No ápice da evolução de cada afta, a manifestação dolorosa chega a ficar constante, independentemente do contato da ferida com alimentos ou bebidas, sendo, portanto, bastante incômoda. Estas úlceras estão particularmente associadas a traumas locais, como machucar a gengiva na hora de escovar os dentes ou pelo uso de prótese (dentadura).
A presença de múltiplas aftas pode sugerir que um vírus, como o do herpes, esteja causando o quadro ou uma doença auto-imune, como a Doença de Behçet. Outros fatores de menor importância implicados com a condição incluem estresse, deficiências nutricionais, predisposição genética, alergia a alimentos, alguns medicamentos e, nas mulheres, alterações hormonais.
As lesões também podem ser um sintoma de doenças sistêmicas, que afetam todo o organismo, e de infecções como a aids. Não há evidências científicas que comprovem a relação entre o consumo de alimentos ácidos e condimentados e o desenvolvimento de aftas.
EXAMES E DIAGNÓSTICOS
O diagnóstico se baseia na história do indivíduo e na identificação visual da afta, durante o exame clínico, por meio do qual o médico ou o dentista pode distinguir essas feridas de lesões mais importantes. Eventualmente, podem ser necessários testes laboratoriais complementares, tanto para avaliar o estado geral da pessoa quanto para investigar a presença de infecções.
TRATAMENTOS E PREVENÇÕES
O tratamento da afta comum visa a atenuar os sintomas até que a lesão se cure de maneira espontânea. Os quadros clínicos mais leves requerem apenas a aplicação local de anti-sépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou ainda de revestimentos protetores de mucosa. Já os mais complicados podem exigir o uso de medicamentos antiinflamatórios potentes, como os corticóides.
Com ou sem medicação, é importante tomar alguns cuidados para não piorar os sintomas, como manter uma alimentação suave, com pouco sal e temperatura morna, já que os alimentos condimentados, quentes e ácidos acentuam a dor, e fazer uma higiene bucal adequada. Como os traumas parecem ser fatores frequentemente envolvidos no surgimento das lesões, convém evitar traumas na mucosa da boca, tanto no momento da higiene bucal quanto na hora de mastigar os alimentos. Além de não favorecer uma boa digestão, uma mastigação muito rápida duplica a chance de ferir o interior das bochechas e dos lábios.
Segundo o médico, a cada 100 pessoas 20 pessoas terão aftas recorrentes e a principal queixa dos pacientes é a dor que vem acompanhando a úlcera. Além disso, a pessoa pode ser acometida de febre.
Afta não é contagioso segundo a explicação do médico, veja:
No entanto o médico alerta que a afta muitas vezes é confundida com herpes e caso a pessoa tenha herpes e não afta ela pode sim ser transmitida através do beijo.
Fatores de risco:
Aftas traumáticas
A Úlcera Traumática é a forma mais comum de ulceração em mucosa bucal, e costuma ser identificada durante exame clínico ou anamnese. Os diagnósticos das lesões traumáticas podem ser divididos em causas Mecânicas, Físicas ou Químicas. As causas Mecânicas mais comuns são: mordidas, próteses mal adaptadas e arestas de dentes fraturados; Físicas: queimadura térmica por alimentos muito quentes; e Químicas: medicamentos aplicados diretamente sobre a mucosa e até na escovação.
Alimentos e bebidas
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